Arquivos advogado ambiental » MartinsZanchet https://martinszanchet.com.br/blog/t/advogado-ambiental/ Inteligência Ambiental Para Negócios Fri, 23 May 2025 17:31:01 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.8.1 Regularização de Propriedades Rurais: Riscos e Como Evitá-los https://martinszanchet.com.br/blog/regularizacao-ambiental-de-propriedade-rural-como-evitar-embargos-multas-e-perder-o-acesso-ao-credito/ Fri, 06 Jun 2025 10:00:01 +0000 https://martinszanchet.com.br/?p=5078 A regularização ambiental deixou de ser opcional e passou a ser uma exigência central para produtores rurais. O artigo aborda o que é a regularização, os principais passivos ambientais, os riscos da irregularidade, as novas exigências para obtenção de crédito rural a partir de 2026 e como um planejamento técnico-jurídico especializado pode proteger a propriedade contra multas, embargos e perda de mercado.

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A regularização ambiental de propriedades rurais deixou de ser uma formalidade jurídica e passou a ser um fator decisivo de permanência no mercado. O cerco ambiental está se fechando: sistemas de fiscalização digitalizados, cruzamento de dados geoespaciais, endurecimento das regras de crédito e pressão de compradores internacionais tornaram o cumprimento da legislação ambiental uma exigência inegociável.

Manter uma propriedade irregular em 2025 pode resultar em embargos imediatos, multas milionárias, bloqueio de crédito rural e até responsabilidade penal do proprietário. Muitos produtores ainda acreditam que basta o Cadastro Ambiental Rural (CAR) para estar em dia com a legislação. Isso é um erro. O CAR é apenas o começo. É preciso corrigir passivos, aderir ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) quando necessário e comprovar a execução das obrigações legais.

Este artigo explica, de forma objetiva e técnica, como funciona a regularização ambiental rural, quais os principais passivos encontrados, os riscos da irregularidade e como um planejamento jurídico e técnico bem feito pode blindar sua propriedade contra sanções.

 

O Que é a Regularização Ambiental Rural?

Regularizar ambientalmente uma propriedade rural significa ajustá-la às exigências das leis ambientais brasileiras, especialmente o Código Florestal (Lei nº 12.651/2012). Esse processo envolve:

  • Identificar passivos ambientais (como desmatamentos irregulares ou ausência de licenças);
  • Corrigir esses passivos com ações concretas (como recomposição de vegetação nativa ou obtenção de outorgas);
  • Formalizar o uso do solo conforme a legislação;
  • Ingressar em programas de regularização e monitoramento junto aos órgãos ambientais.

Os principais elementos da regularização são:

  • Inscrição e análise do Cadastro Ambiental Rural (CAR);
  • Manutenção e recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reserva Legal (RL);
  • Adesão ao Programa de Regularização Ambiental (PRA), quando necessário;
  • Obtenção de licenças e outorgas para atividades potencialmente poluidoras ou de uso intensivo de recursos naturais;
  • Cumprimento de condicionantes e monitoramento contínuo.

 

Por Que a Regularização é Urgente em 2025?

A pressão regulatória sobre o setor agropecuário está no auge. A legislação está mais rígida, e os sistemas de fiscalização, mais inteligentes. A partir de 2026, a Resolução CMN nº 5.193/2024 torna obrigatória a comprovação da regularidade ambiental para concessão de crédito rural. Isso inclui:

  • Estar com o CAR analisado;
  • Não possuir áreas embargadas;
  • Ter um plano de regularização em andamento quando houver passivos.

Além disso, os órgãos ambientais estão utilizando tecnologias como satélites do sistema PRODES e DETER, além de bancos de dados integrados com o Ibama, para fiscalizar desmatamentos ilegais em tempo real.

Consequências da irregularidade:

  • Bloqueio imediato de crédito rural (PRONAF, PRONAMP, FCO, entre outros);
  • Multas ambientais superiores a R$ 10 milhões;
  • Embargos de áreas produtivas;
  • Suspensão de certificações e exportações;
  • Responsabilidade civil e penal do proprietário e gestores.

 

O Papel do CAR e do PRA

Cadastro Ambiental Rural (CAR)

O CAR é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais. Ele reúne informações georreferenciadas sobre:

  • Delimitação do imóvel;
  • Áreas de APP, RL e uso consolidado;
  • Remanescentes de vegetação nativa;
  • Áreas com passivos ambientais.

Programa de Regularização Ambiental (PRA)

Quando o CAR aponta passivos (ex: desmatamento de APP após 22/07/2008), o produtor pode aderir ao PRA, assinando um Termo de Compromisso com o órgão ambiental. Isso suspende sanções enquanto o plano de recuperação estiver em execução.

O PRA exige:

  • Um plano técnico de recuperação (PRADA ou PRAD);
  • Cronograma de execução com metas;
  • Relatórios periódicos de monitoramento.

 

Quais São os Principais Passivos Ambientais?

As irregularidades mais comuns encontradas nas propriedades rurais brasileiras incluem:

  • Desmatamento não autorizado em APPs ou RLs após julho de 2008;
  • Supressão de vegetação nativa sem licença válida;
  • Captação de água sem outorga do uso;
  • Uso de fogo para manejo sem autorização;
  • Atividades produtivas em áreas embargadas;
  • Instalação de infraestrutura sem licenciamento (aviários, currais, barragens, pivôs etc.);
  • Inexistência de plano de recuperação ambiental ou descumprimento de condicionantes.

 

Como Funciona o Processo de Regularização?

  1. Diagnóstico Ambiental da Propriedade:
    • Levantamento técnico e jurídico da situação atual com base no CAR e imagens de satélite;
  2. Análise de Conformidade:
    • Comparação da realidade com o que exige a legislação ambiental;
  3. Adesão ao PRA (se aplicável):
    • Elaboração de plano de regularização e assinatura de termo com o órgão ambiental;
  4. Implantação das Medidas Corretivas:
    • Recuperação de vegetação, cercamento de áreas, controle de erosão, obtenção de licenças;
  5. Acompanhamento e Monitoramento:
    • Relatórios periódicos, geolocalização, imagens de drones, vistorias técnicas.

 

Benefícios da Regularização Ambiental

 
  • Evita autuações e multas elevadas;
  • Reativa o acesso a crédito rural e programas governamentais;
  • Permite liberar áreas embargadas para produção;
  • Melhora a imagem da propriedade perante compradores e certificadoras;
  • Reduz o risco de ações judiciais ambientais;
  • Agrega valor à propriedade e facilita processos de venda ou arrendamento.

 

O Que Muda com o Crédito Rural a Partir de 2026?

A partir de 1º de janeiro de 2026, os produtores rurais precisarão comprovar a regularidade ambiental da propriedade para obter crédito em instituições financeiras públicas. Isso inclui:

  • CAR com análise concluída;
  • Ausência de embargos ambientais ativos;
  • Adesão ao PRA com plano de execução em andamento.

Essa exigência vale para todas as linhas de crédito vinculadas ao Tesouro Nacional, como:

  • PRONAF (agricultura familiar);
  • PRONAMP (médios produtores);
  • FCO e outras linhas operadas pelo Banco do Brasil, BNDES e bancos estaduais.

 

Como um Escritório Especializado Pode Ajudar?

Contar com uma assessoria técnico-jurídica especializada faz toda a diferença para garantir conformidade, evitar sanções e acelerar o processo de regularização.

Um escritório especializado pode:

  • Realizar análise técnica e legal da propriedade;
  • Elaborar projetos de regularização com embasamento jurídico e técnico;
  • Representar o produtor perante os órgãos ambientais;
  • Negociar termos de compromisso e cronogramas realistas;
  • Evitar ou reverter embargos e autuações administrativas;
  • Emitir pareceres e laudos com validade para crédito rural e certificações.

 

Conclusão

A regularização ambiental não é mais uma escolha. É uma condição de permanência na atividade rural e de acesso ao crédito e aos mercados. Ignorar essa realidade é correr o risco de sanções pesadas, bloqueios financeiros e perda de competitividade.

Antecipe-se. Transforme uma obrigação em um diferencial estratégico. Regularize sua propriedade agora e garanta segurança jurídica, financeira e ambiental para o futuro do seu negócio.

 

Entre em contato com a Martins Zanchet Advocacia Ambiental e receba uma avaliação jurídico-ambiental completa da sua propriedade. Atuamos em todo o Brasil com soluções personalizadas para garantir sua conformidade e proteger seu patrimônio.


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Licenciamento Rural 2025: O Que Mudou e Como se Adequar https://martinszanchet.com.br/blog/licenciamento-rural-2025-o-que-mudou-e-como-se-adequar/ Fri, 30 May 2025 10:00:15 +0000 https://martinszanchet.com.br/?p=5072 O artigo explica as mudanças trazidas pela nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental, aprovada em 2025, com foco no setor rural. Entre as principais alterações estão a criação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC), a padronização nacional dos procedimentos, maior validade das licenças e exigência de trâmite digital. O texto orienta produtores rurais sobre quem precisa de licenciamento, os riscos de atuar sem licença e a importância de assessoria jurídica especializada para garantir conformidade legal, evitar sanções e manter a atividade regularizada.

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O licenciamento ambiental é um instrumento essencial da Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981), estabelecendo as condições legais e técnicas para que atividades que utilizam recursos naturais ou possam causar impactos ambientais operem de forma regular. No setor rural, é obrigatório para diversas atividades, como agricultura, pecuária intensiva, silvicultura, irrigação, construção de barragens, extração mineral e uso de defensivos.

Com a aprovação da nova Lei Geral do Licenciamento Ambiental (PL 2.159/2021) em 2025, o processo de licenciamento passou por atualizações significativas. As mudanças visam harmonizar procedimentos em todo o território nacional, promover maior eficiência nos processos e garantir segurança jurídica aos empreendimentos, sem comprometer o controle ambiental.

Este artigo detalha as principais alterações na legislação de licenciamento ambiental, os impactos para o produtor rural e orientações práticas para operar de forma legal, evitando sanções e embargos.

O que é o licenciamento ambiental e por que ele é obrigatório?

O licenciamento ambiental é o processo pelo qual o órgão ambiental competente autoriza a instalação, ampliação ou operação de atividades que utilizam recursos naturais ou possam causar degradação ambiental. Ele se baseia na avaliação prévia dos impactos ambientais e pode ser emitido em etapas:

  • Licença Prévia (LP): Avalia a viabilidade ambiental do projeto e aprova sua localização.
  • Licença de Instalação (LI): Autoriza a instalação do empreendimento conforme as especificações aprovadas.
  • Licença de Operação (LO): Autoriza o início das atividades após a verificação do cumprimento das exigências anteriores.

O objetivo é garantir que o empreendimento adote medidas para evitar, minimizar, mitigar ou compensar os impactos ambientais antes de funcionar plenamente. No setor rural, o licenciamento é também uma exigência para obtenção de crédito, certificações e comercialização com grandes empresas.

Quais foram as mudanças com a legislação de 2025?

A nova legislação trouxe avanços importantes para uniformizar o procedimento de licenciamento em todo o país. Entre os principais pontos:

  • Criação da Licença por Adesão e Compromisso (LAC): Para atividades de baixo impacto ambiental, como agricultura de baixo carbono ou pastagens rotacionadas, será possível realizar um licenciamento simplificado com compromisso formal do empreendedor. A LAC permite que o responsável pela atividade declare, por conta própria, que cumprirá todas as regras ambientais, obtendo a licença automaticamente, sem que o órgão ambiental precise avaliar tecnicamente o caso antes .
  • Procedimentos padronizados em todo o território nacional: Estados e municípios devem seguir diretrizes federais, com redução de burocracia e digitalização do processo.
  • Maior clareza sobre o conceito de impacto ambiental: Atividades passaram a ser classificadas com base em critérios técnicos mais objetivos, o que evita distorções e exigências desproporcionais.
  • Validade ampliada das licenças: A Licença de Operação agora pode ter validade de até 15 anos, com previsão de monitoramento periódico.
  • Obrigatoriedade de sistema digital nacional: Os processos devem tramitar em plataformas digitais integradas, aumentando a transparência e reduzindo o tempo de análise.

Quem precisa de licenciamento ambiental no meio rural?

Mesmo atividades tradicionalmente associadas ao campo exigem licenciamento, dependendo do porte, localização e tipo de impacto:

  • Atividades de irrigação com captação de água;
  • Pecuária intensiva (suinocultura, avicultura, confinamento bovino);
  • Cultivo de espécies exóticas ou transgênicas em larga escala;
  • Atividades com uso de agrotóxicos e defensivos;
  • Silvicultura (reflorestamento comercial);
  • Drenagem de áreas úmidas ou várzeas;
  • Uso de fogo controlado ou manejo com queima.

O não licenciamento é uma infração ambiental e pode gerar multas, embargos e responsabilização criminal.

Quais os principais riscos de atuar sem licença?

A ausência de licenciamento pode resultar em:

  • Multas de até R$ 50 milhões, conforme Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98);
  • Embargo total ou parcial da atividade produtiva;
  • Suspensão de acesso a crédito rural e financiamentos públicos;
  • Perda de certificações e contratos com compradores institucionais;
  • Responsabilização pessoal dos gestores e proprietários.

Além disso, a atuação sem licença pode comprometer a imagem da empresa, afetando sua reputação no mercado.

Como se adequar às novas regras?

Para garantir conformidade com as novas exigências, produtores e empresas devem:

  1. Realizar levantamento das atividades desenvolvidas na propriedade;
  2. Classificar o potencial de impacto ambiental (baixo, médio ou alto);
  3. Consultar o órgão ambiental estadual sobre a modalidade de licenciamento exigida;
  4. Reunir a documentação técnica e jurídica necessária (plantas, CAR, outorgas, estudos ambientais);
  5. Ingressar com o pedido de licenciamento via sistema digital oficial.

É fundamental manter registros atualizados e cumprir todas as condicionantes estabelecidas nas licenças para evitar sanções.

A importância do Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA)

Para atividades de alto impacto, a legislação ainda exige a apresentação do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Relatório de Impacto Ambiental (RIMA). Esses documentos detalham os efeitos da atividade sobre o meio ambiente e propõem medidas mitigadoras. São avaliados por audiências públicas e têm alto valor técnico e jurídico.

O EIA/RIMA é essencial para garantir a transparência do processo e a participação da sociedade na tomada de decisões que afetam o meio ambiente.

Como um assessoramento jurídico especializado contribui?

Um advogado com experiência em licenciamento ambiental pode:

  • Analisar os riscos jurídicos da atividade;
  • Auxiliar na escolha da modalidade de licenciamento adequada;
  • Validar os documentos técnicos e garantir sua regularidade legal;
  • Negociar condicionantes ambientais com o órgão ambiental;
  • Atuar na defesa em casos de indeferimento, autuação ou embargo.

O assessoramento jurídico especializado é fundamental para evitar erros que possam resultar em sanções e prejuízos financeiros.

Conclusão

As novas regras do licenciamento ambiental para o setor rural oferecem oportunidades de maior segurança jurídica e eficiência, mas também exigem maior atenção e organização dos produtores. Ignorar a necessidade de licenciamento pode representar riscos financeiros, legais e operacionais significativos.

 

Se sua atividade rural ainda não está licenciada ou precisa se adequar às novas exigências, entre em contato com a Martins Zanchet Advocacia Ambiental. Nossa equipe está preparada para orientar, defender e legalizar seu empreendimento com segurança e agilidade.


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Multa Ambiental no Campo: Como se Defender e Evitar Embargos https://martinszanchet.com.br/blog/multa-ambiental-no-campo-como-se-defender-e-evitar-embargos/ Fri, 18 Apr 2025 10:00:09 +0000 https://martinszanchet.com.br/?p=4879 Produtores rurais têm enfrentado um número crescente de multas e embargos ambientais por infrações como desmatamento, uso irregular de APPs e ausência de licenciamento. Este artigo explica o funcionamento das autuações, os principais erros cometidos pelos autuados e os caminhos legais para defesa e regularização. O texto também destaca a importância da assessoria jurídica especializada na proteção da atividade rural, na redução de multas e na retomada da produção em áreas embargadas.

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Produtores rurais de todo o Brasil enfrentam, cada vez mais, a realidade de autuações ambientais por parte do Ibama, órgãos estaduais ou municipais. Seja por desmatamento, uso de áreas de preservação, intervenção em APPs ou falta de licenciamento, essas multas podem chegar a valores altíssimos — e pior: vir acompanhadas de embargos ambientais, que comprometem diretamente a produção e o faturamento da propriedade.

Se você recebeu uma notificação ou já está enfrentando um processo administrativo ambiental, este artigo é para você. Vamos explicar de forma técnica e clara:

  • Como funciona o processo de multa ambiental
  • Quais os principais tipos de infrações que geram autuações
  • O que fazer (e o que não fazer) ao receber uma notificação
  • Como se defender com base legal
  • Quando o embargo é aplicado e como atuar para suspender
  • E, acima de tudo, por que contar com um profissional especializado é essencial para proteger sua atividade rural e seu patrimônio.

O que é uma multa ambiental e como ela é aplicada?

 

A multa ambiental é uma penalidade administrativa prevista na Lei nº 9.605/98 (Lei de Crimes Ambientais) e nos regulamentos dos órgãos fiscalizadores, como Ibama, IEF, Semad e secretarias municipais. Ela pode ser aplicada sempre que o órgão entende que houve uma infração à legislação ambiental — mesmo que o dano ainda não tenha sido consumado.

A autuação ocorre, geralmente, por meio de:

  • Fiscalizações em campo (com ou sem denúncia)
  • Monitoramento por imagens de satélite
  • Operações conjuntas com Ministérios Públicos
  • Cruzamento de dados de CAR, SICAR, SIGEF, entre outros

Principais tipos de infrações ambientais no meio rural

No campo, as multas ambientais mais comuns envolvem:

✔ Desmatamento sem autorização (supressão de vegetação nativa)
✔ Intervenção em Área de Preservação Permanente (APP)
✔ Uso de fogo sem licença (queimada irregular)
✔ Falta de Licenciamento Ambiental para atividades agropecuárias ou de silvicultura
✔ Captação de água sem outorga
✔ Construção de estradas, açudes ou barragens em áreas sensíveis
✔ Atividade em área embargada ou não regularizada no CAR

Embargo Ambiental: o que é e como afeta sua produção

 

O embargo ambiental é uma medida administrativa que suspende o uso da área onde ocorreu a infração. Em outras palavras, você não pode plantar, colher, criar animais ou desenvolver qualquer atividade na área embargada até que a situação seja regularizada.

Produtores que desrespeitam o embargo podem sofrer novas multas e responder por crime ambiental.

O embargo aparece no Cadastro Nacional de Áreas Embargadas do Ibama — uma base pública consultada por compradores, bancos e órgãos de crédito. Isso pode impedir o acesso a financiamentos rurais, bloqueio de comercialização de grãos, carne ou madeira, entre outras restrições sérias.

O processo administrativo ambiental: o que acontece depois da multa?

 

Após receber o auto de infração, o produtor entra em um processo administrativo ambiental, que pode ter várias etapas. É aí que mora o perigo: muitos deixam a multa “de lado”, esperando prescrever ou acreditando que vão poder negociar depois.

Isso é um erro grave.

O processo segue etapas bem definidas:

  1. Lavratura do Auto de Infração
  2. Notificação para apresentar Defesa Prévia (prazo médio: 20 dias corridos)
  3. Análise da Defesa e Decisão de 1ª Instância
  4. Possibilidade de Recurso Administrativo
  5. Julgamento Final pelo órgão
  6. Inscrição em Dívida Ativa e Execução Judicial (caso não haja pagamento)

A melhor oportunidade de resolver a multa é logo no início do processo, com uma defesa técnica bem fundamentada.

Como recorrer de uma multa ambiental: passo a passo

 

Se você foi autuado, veja o que fazer (e o que evitar):

O que fazer:

  • Leia atentamente o Auto de Infração: verifique a descrição da infração, local, data e dispositivo legal infringido.
  • Reúna documentos da propriedade: CAR, licenças, autorizações, mapas, imagens de satélite, contratos, laudos.
  • Consulte um advogado ambiental especializado: ele saberá analisar vícios formais no auto, ausência de prova técnica, prescrição ou até erro de competência do órgão autuador.
  • Elabore uma Defesa Técnica personalizada, com argumentos jurídicos e provas.
  • Monitore os prazos do processo para não perder a chance de recorrer.

O que NÃO fazer:

  • Ignorar a notificação esperando que a multa “caduque”
  • Tentar resolver diretamente com fiscais ou sem orientação jurídica
  • Assinar documentos sem entender as consequências
  • Iniciar recurso com modelos prontos da internet sem adaptar ao caso real

Por que contar com um advogado ambiental especialista?

Porque o direito ambiental é extremamente técnico. Não é qualquer advogado que conhece os ritos do Ibama, as normas estaduais específicas ou a jurisprudência que pode ser usada a seu favor.

A Martins Zanchet Advocacia Ambiental atua há mais de 10 anos em processos administrativos ambientais, com foco no setor rural. Nós acompanhamos todas as etapas, desde a autuação até a resolução definitiva, seja por cancelamento da multa, redução do valor, negociação, conversão ou regularização da área.

Oferecemos:

✔ Defesa personalizada com base técnica e jurídica
✔ Negociação de termos de compromisso e conversão de multas
✔ Atuação para suspensão ou desbloqueio de embargos
✔ Acompanhamento de todos os prazos e recursos
✔ Regularização completa da propriedade rural

Conclusão: sua resposta à multa ambiental define o futuro da sua propriedade

Uma multa ambiental pode ser um contratempo — ou uma ameaça séria à continuidade da atividade rural. Tudo depende de como você reage.

A falta de ação pode resultar em execuções fiscais, perda de acesso a crédito rural, bloqueios de produção e responsabilização criminal.

Com apoio jurídico especializado, é possível:

Reduzir ou cancelar multas
Suspender embargos e retomar a produção
Evitar novos problemas com órgãos ambientais
Regularizar sua propriedade com segurança

📞 Entre em contato com nossa equipe e receba uma análise completa do seu caso. Vamos proteger sua atividade rural com estratégia, técnica e experiência.

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